terça-feira, 29 de maio de 2007

Moralizemos


Tenho um forte apego aos moralizadores, a todas aquelas santas almas que entendem que nenhuma sociedade progride sem injecções regulares de moral. Têm completa razão. Uma sociedade sem regras é um descalabro letal. Uma sociedade onde os homens e as mulheres estão com os azimutes rotos é uma sociedade sem futuro. Uma sociedade com injecções regulares de moral é uma sociedade harmónica, sã, linda, fiel à pureza, capaz de um diálogo inteligente, racional e amigo, produtora da unidade. Nenhum desnivelamento de riqueza social suporta injecções regulares de moral. A moral tudo amortece, tudo regula, tudo nivela, tudo repõe. Temos de moralizar tudo e todos, temos de criar seminários de moral, temos de introduzir a moral em todos os estabelecimentos de ensino, temos de substituir o sangue que nos corre nas veias pela moral. A imoral é filha das micaias. O género humano não merece isso. Moralizemos, meus irmãos, especialmente quando algumas aves agoirentas andam para aí a regressar ao discurso maléfico do Marx.

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