sábado, 26 de maio de 2007

A chatice das diferenças


"O que actualmente mina a estabilidade política da maioria dos países africanos é o facto de as relações dentro desses países se basearem nas diferenças étnicas, tribais e religiosas. Quando se age desta maneira, há sempre grupos que se sentem inferiorizados, rejeitados e sem oportunidades de poder participar no controlo político e económico. Como consequência assistimos guerras sangrentas e surgimento de movimentos separatistas radicais que confrontam governos para criarem Estados independentes dentro de um Estado."
Sem dúvida de que tudo isso é uma perfeita e incomensurável chatice. Penso com os meus botões que é sempre muito bizantino sermos diferentes. Devíamos ser todos iguais, amputados dos cacetes diferenciais. Defendo com vigor que não é a diferença social que nos mina, mas a diferença religiosa ou étnica. Cada um de nós é uma essência original, coisa divina. E se cada um de nós está num grupo, então temos que cada grupo é essencialmente essencial. Se os grupos essencialmente essenciais se miram, evidentemente que, por geração espontânea, espontaneamente essencial, os machados irrompem na pradaria. Infelizmente as padarias políticas nunca conseguiram produzir pães rigorosamente iguais. O que, convenhamos essencialmente, é uma tristeza.

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